quinta-feira, 12 de junho de 2008

O faro de Perrô alerta bafo de cachaça

Curitiba, 26 de junho de 2008

Caros irmãos

Como todos aqui já sabem, meu nome é Daniel, mas, podem me chamar de D.M. Há 15 dias, quando comecei a freqüentar os encontros, me sentia envergonhado de ter que me juntar a esta roda para relatar meus problemas com o álcool. Hoje, estou bem, limpo. Agradeço muito, de coração, ao meu novo treinador, o Rogério, que com muita astúcia e sabedoria enxergou em minha face a expressão de um cachaceiro e não a de um atleta.

Meu sonho sempre foi ser um jogador de futebol, porém, eu estava perdendo a oportunidade do sucesso na carreira a cada gole e a cada balada. Aprendi muito com esta passagem pelo Alcoólicos Anônimos (AA). O alcoolista não apenas se auto destrói, como também acaba com a vida das pessoas que o cercam. No meu caso, por exemplo, comprometi a alegria da nação a qual represento. Não mereci vestir o manto vermelho, azul e branco, que o roupeiro tanto insistia para que eu honrasse dentro de campo.

Todos nós merecemos uma segunda chance, esta já é a minha décima oitava, e desta vez não irei decepcionar. Vou voltar a trabalhar com responsabilidade, cuidar de minha noiva e não medirei esforços para alegrar aquele povo bonito que colore uma Vila chamada Capanema. Decidi que não posso levar quem não tem nada a ver com o meu problema, para o buraco junto comigo. Prometo que irei me juntar a este exército e não vou parar por aqui. Quero trazer um amigo, o Jota, que também sofre e faz muitos sofrerem por nosso envolvimento com a cachaça.

Somos todos vencedores.

Assina com o pseudônimo: Marquês de Jack Daniels

terça-feira, 10 de junho de 2008

Curto e grosso!

Galera!

Por favor, me desculpem. Mas, recebi uma proposta da torcida do Internacional de Porto Alegre, para escrever um blog sobre o Colorado do Paraguai. Aceitei e vendi meu amor ao Paraná Clube, esqueci todas as alegrias que o time da Vila me deu e vou em busca de novos ares.

É, Ângelo, a torcida tricolor não se vende! Já você e sua classe "trabalhadora"...

Hoje acabou, amanhã tem mais.

Desculpem pela pobreza no conteúdo de hoje, é que estou profundamente irritado!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O lenço sócio torcedor

A adequação de um produto de acordo com as necessidades do público alvo. Isso, no meu humilde entendimento, é marketing. E é o que vem desenvolvendo o departamento mais atuante do Paraná Clube, isso, se não for o único que atua. A nação paranista precisava aquecer o “frio” elenco: ganhou o cachecol. Os tricolores ainda clamavam por um representante no gramado, aí a gralha desceu do alto da araucária e provou que a Vila Capanema é um vulcão em erupção.

As ações foram aderidas ao dia-a-dia do tricolor, e o povo do Capanema se mostrou fiel. Mas, o cachecol não aqueceu e a gralha foi extinta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O único fato que não se modificou foi a péssima atuação dos “atletas” a cada batalha. A massa paranista sente seu orgulho ferido. Chora por ver seu maior amor afundado no poço do descaso.

Não queria que o mais novo produto, licenciado pelo Paranazão Clube, fosse o lenço sócio torcedor. Seguindo a regra do marketing quanto às necessidades do público alvo, esta tem tudo para, infelizmente, ser a nova ação. Os tricolores choram ao ouvir ao rádio, ao ir à banca de jornal e, logo, muitos vão evitar ir ao bar. Ninguém quer fazer o papel de palhaço. A vida dos guerreiros da arquibancada vai além dos portões da Vila. O povo vive de plantão e é paranista 24 horas por dia, sempre pronto para reanimar o coração do clube do Estado do Paraná.

Queria escrever sobre outra realidade. Não espero nem o time arrasador do pentacampeonato paranaense, conquista que completou 11 anos ontem (8), mas, apenas uma equipe com garra. O esquadrão de Ricardinho e companhia está bem guardado nos meus sonhos. Não suporto mais tanto melodrama e melancolia nas palavras. Porém, esta vem sendo a caminhada do tricolaço pela segundinha nacional.

Enxugar as lágrimas com a lã do cachecol está provocando irritação nos meus olhos. Quero lenços. Essa é a necessidade dos tricolores. Vão falar que estou abandonando o barco e dizer que estou fazendo pouco caso com a história do pranto. Provo o contrário, quero os lenços para secar a dor de hoje e brindar a emoção de amanhã, com a conquista da série B. O coração paranista fala mais alto que o cérebro realista. Em dezembro, seremos palhaços apaixonados, de pintura borrada, com o lenço na mão, contendo as lágrimas da alegria, do orgulho e da satisfação.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Envolvidos até o pescoço

1.500 gralhas compareceram para a foto hitórica

A incansável legião de guerreiros das arquibancadas tem mais um grande desafio pela frente. Um não! Dois. O primeiro é o básico, seja na chuva, no sol, no frio ou no calor, estar sempre com o tricolor. O segundo é fazer tradição. Criar uma nova identidade e se consolidar como a primeira torcida de cachecóis do Brasil. Mais uma vez, o Paraná Clube, que nos anos 90 era lembrado como “o clube do ano 2000”, tem a oportunidade de mostrar ao mundo o seu verdadeiro poder da realização.

O projeto de sócio torcedor vai muito além de uma carteirinha e de entrada “livre” aos jogos do tricolão. O sócio Sempre Paraná tem que dar a alma e militar em favor do clube que ama. Aquecer é o menor objetivo do belo cachecol desenvolvido pelo departamento de marketing paranista. Paranista mesmo! É notória a satisfação e o amor com os quais são desenvolvidas as campanhas. Há muito tempo, ou nunca, os tricolores não viam manifestações como estas.

Agora a bola está nos pés dos apaixonados, pois muitas foram as reivindicações por medidas e ações na área da publicidade do time da Vila. Está tudo armado. Estamos munidos de cachecóis, e o lugar deles é no Durival de Britto e Silva. Estendido para o alto a cada gol e a cada entrada em campo. O novo e imponente assessório vermelho, azul e branco, será erguido, assim como o Paraná Clube de volta a série A.

É chutando a melancolia que nos assola e aquecendo o vulcão chamado Vila Capanema, que partimos rumo a mais uma prova de amor ao tricolor. Em breve seremos copiados, mas, o gosto da criação será todo nosso. Da torcida diferenciada e do clube destemido. A cultura dos cachecóis tem que virar hábito, é como escovar os dentes antes de dormir. Vamos ser diferentes, pois está é a essência de ser paranista. A oportunidade é de lã, e está literalmente nas mãos da nação tricolor.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Verdadeira alegria do bolso, Paraná Clube do Maletão

O que você entende por valor? No primeiro momento, peço que as cifras sejam esquecidas e que se concentre apenas no lado sentimental. A comida da mamãe, o presente de um filho e atitudes surpreendentes nos possibilitam a valorização. Qual torcedor já não “fez das tripas coração” para assistir a um jogo do seu time? Não precisa ser a final do campeonato, a paixão pelo clube se dá em qualquer situação e é desta forma que a nação paranista vem se portando.

No último sábado, cerca de 1.500 apaixonados representaram a massa tricolor ao segurar seus cachecóis para a foto “histórica”, na também “histórica” reta do relógio, no templo “histórico” da Vila Capanema. Quanta história para um clube só! Palmas e mais palmas para a valorosa idéia do departamento de marketing e também para os modelos, que mais uma vez promoveram uma manifestação única no futebol brasileiro. Já que a arte não pode ser aplaudida em campo, então, que seja fora dele.

Valor sentimental. Algo muito maior que qualquer quantia. É, era para ser assim. Pena que os poderosos, da diretoria ou do Grupo de Investimentos do Paraná Clube, não pensam desta forma. O bolso dói mais, e ver o próprio time definhando na série B vira conseqüência. “Vamos dar a volta por cima” ou “Na próxima partida nós vamos arrancar rumo à primeira divisão”, parecem falas da mulher que sempre diz que na segunda-feira começará o regime.

Por que Joélson, a lenda, ainda é escaldo para entrar em campo? Digo, sem meias palavras, que este foi o pior investimento da vida do tricolor paranaense. Nem uma criança de cinco anos, na beleza de sua inocência, consegue acreditar que o “craque” ainda vai desabrochar. Mas, se o cara é tão ruim, quem seria o “gênio”, que vendo a situação se piorar a cada dia, ainda insiste em pagar o uísque, perdão, o salário deste indivíduo?

O fato é que o Paraná Clube está para o futebol brasileiro como o Paraguai (país) para a América latina. Boas ofertas, baratos que saem caro e uma fiscalização patética fazem parte da realidade da Vila Capanema. Os exemplos vêm, respectivamente, nas manchetes a seguir.

Visite o Paraná Clube e leve um craque, baratinho

Boas ofertas: os destaques do futebol carioca, como Lúcio Flávio e Thiago Neves, sem falar do Washington, saíram do tricolor como um grande amor que parte para sempre. A gralha ficou a ver navios. Recentemente, Josiel, artilheiro do Brasileirão do ano passado, foi vendido por dez milhões, creio que nem três destes milhões passaram perto dos cofres da Kennedy. Marcelo Moreno, o boliviano, ex-Cruzeiro, mal jogou o brasileiro e foi vendido por mais de 20 milhões. Respondam-me por que o Paraná Clube se porta como uma mãe nas negociações? Onde está a valorização do clube?

Paraná Clube vende até o torcedor para manter o craque Joélson

Baratos que saem caro: Joélson chegou como sonho de consumo da cúpula tricolor, e como sonham baixo esses diretores paranistas. Paranistas ou dinheiristas? O mito não deu certo, a torcida deu a trégua, perdoou, até tentou gritar seu nome, mas, não houve jeito, e ele continua a horrorizar os apaixonados da Vila Capanema. Mesmo sendo nosso artilheiro no campeonato estadual, não tivemos a sorte de receber uma proposta pelo craque. Só entra em campo para alguém em particular não sair no prejuízo, e enquanto isso quem leva a pior é o esquadrão tricolor e os guerreiros da arquibancada.

Paraná Clube: aduana libre!

Fiscalização patética: Miranda rouba e rebaixa o tricolor. Futuras promessas são esquecidas. Bons jogadores são vendidos por migalhas e o Paraná Clube se transforma na Ciudad del Este do futebol brasileiro.

Por tudo isso, falo em valor. A valorização aplicada a algo está dentro de cada um. O verdadeiro Grupo de Investimento somos nós, que não medimos esforços para ver nosso time no posto mais alto sempre. Injetamos nosso salário mínimo em ingressos, produtos e até em apostas. Era desta maneira que os homens fortes do paranazão deveriam tratar o nosso maior motivo de amar o futebol. Nivelam por baixo, desvalorizam e colocam em segundo plano a verdadeira alegria do povo, o Paraná Clube do coração. Para eles, a verdadeira alegria do bolso, Paraná Clube do maletão.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Sem provas de ressaca

Passado o final de semana, os rankings do Concentração Paranista continuam zerados. Sinceramente, não sei se fico triste ou feliz. Ficaria triste pela possibilidade dos soldados-gralha terem relaxado e não batido as fotos dos "atletas" tricolores. Feliz ficaria se soubesse que a ausência de fotos se dá pelo não comparecimento dos craques aos balcões da noite curitibana.
Mas, mesmo assim, vou continuar com a campanha. A imprensa já está atenta e o movimento tem tudo para dar certo. Creio que esta história já chegou aos ouvidos do "elenco" paranista.
Mãos à obra nação tricolor!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Vila da mãe Joana, surpresas a cada 15 minutos


De saída para o Palmeiras, no final de 2006, após nos classificar para a Libertadores de 2007, Caio Júnior “tirou” Gustavo, Pierre e Edmilson, da Vila Capanema. Zetti foi chamado e nos comandou durante a curta passagem pela competição mais importante das Américas, após o fracasso, se mandou para o Galo mineiro com Gérson e Xaves.

Esses dois exemplos provam o que a torcida tricolor já está cansada de saber. Treinadores e jogadores, meros empregados da torcida que paga seus salários, chegam a Curitiba se expõem na vitrine e deixam o paranazão aleijado. Pintado, que veio para o lugar de Zetti, recebeu proposta em “petrodólares” e sumiu. Literalmente, pois não vingou no exterior, e hoje, você sabe onde ele está?

Trocando em miúdos, e pedindo perdão a todos os paranistas, o Paraná Clube tem se portado como uma prostituta mal paga. “Profissionais” vão e vêm. Ninguém fala em títulos, mas, o curioso é que sempre, de um jeito ou de outro, acabam se dando bem. A bola da vez é Bonamigo. O Náutico já o quis, mas, há rumores de que e o Internacional de Porto Alegre é quem pode levá-lo.

O tricolor está na zona do rebaixamento da série B e mesmo assim as atenções se voltam para o nosso treinador. Uma situação no mínimo incoerente. Até quando esse mal vai assombrar os corredores da Vila Capanema? O problema irá persistir enquanto tivermos cafetões, travestidos de diretores, no comando do time da Vila.

A massa paranista tem que se unir, comprar passagens para a Holanda e mandar a cúpula de cafetões para longe daqui. A realidade do esquadrão vermelho, azul e branco, só vai mudar quando nossos líderes pensarem grande. Enquanto os exploradores estiverem no poder, só nos resta lutar e não deixar que essa máfia transforme a Vila Capanema no maior bordel do Brasil.